quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Características gerais

Os morcegos (ordem Quiropteros) são os únicos mamíferos capazes de voar, sendo divididos em morcegos propriamente ditos (subordem Microchiroptera) e raposas-voadoras (subordemMegachiroptera). Representam um quarto de toda a fauna de mamíferos do mundo: são pelo menos 1.116 espécies, que possuem uma enorme variedade de formas e tamanhos, podem ter uma envergadura de cinco centímetros até dois metros; uma enorme capacidade de adaptação a quase qualquer ambiente (só não ocorrem nos pólos); e uma ampla variedade de hábitos alimentares. Os morcegos tem a dieta mais variada entre os mamíferos, pois podem comer frutassementesfolhasnéctarpólenartrópodes, pequenos vertebradospeixes e sangue. Somente três espécies se alimentam exclusivamente de sangue, ou seja, os chamados morcegos hematófagos ou vampiros, encontrados apenas na América Latina e no Sul do México. Dessa maneira, morcegos contribuem substancialmente para a dinâmica dos ecossistemas, pois atuam como polinizadores, dispersores de sementes e predadores de insetos (incluindo pragas agrícolas). Possuem ainda o extraordinário sentido da ecolocalização (biossonar ou orientação por ecos), que utilizam para orientação, busca de alimento e comunicação.

Sistema respiratório

a respiração do morcego se atenua e sua pulsação se torna mais lenta - para economizar as energias do organismo. Nas tocas de hibernação, a necessidade de calor faz os morcegos se aproximarem uns dos outros, formando verdadeiros "cachos" sonolentos, de pernas para o ar, à espera da primavera.

Locomoção


  • Corpo aerodinâmico Ossos ocos - ossos pneumáticos. Sacos aéreos O esterno em forma de quilha Asas. Membrana alar -Prega da pele que liga os ossos alongados dos dedos da mão aos lados do corpo, aos membros posteriores e à cauda. Asas membranosas leves e impermeáveis

Sistema digestivo

O sistema digestivo dos morcegos é constituído por um tubo digestivo e glândulas anexas. O tubo digestivo é completo. O seu tubo digestivo é completo. Este animal realiza uma digestão extra celular.
É na boca onde começa a digestão dos alimentos que são ingeridos pelos morcegos. É neste local que os alimentos são cortados e triturados pelos dentes. Chama-se a este processo mastigação. Também é aqui que alguns nutrientes sofrem a acção da saliva que é produzida pelas glândulas salivares. A saliva é um suco digestivo que tem como função ajudar os alimentos a atravessar o organismo do morcego e ainda contém uma enzima, chamada amilase, que inicia a digestão do amido.
Em seguida, desce para a faringe. Esta tem a função da ingestão dos alimentos já mastigados. Depois de passar pela faringe, estes descem até ao esófago para chegarem ao estômago. O esófago serve como um tubo de passagem dos alimentos.
O estômago é um órgão do tubo digestivo, e que fica situado entre o esófago e o e a parte inicial do intestino delgado, o duodeno. No estômago, os alimentos continuam a ser digeridos com a acção de enzimas digestivas e depois passam para o intestino onde são acabados de digerir e absorvidos. As glândulas gástricas produzem o suco gástrico que algumas enzimas que iram digerir o alimento.
Sucos digestivos:
O suco intestinal é produzido por milhares de glândulas da parede intestinal. As principais enzimas são a enteroquinase (transforma tripsinogênio em tripsina), as peptidases (digerem oligopeptídios, transformando-os em aminoácidos) e as carboidrases (digerem carbonatos do grupo dos dissacarídeos, como a maltose e a sacarose). O suco pancreático é uma solução aquosa e alcalina com um grande número de enzimas digestivas.
Para além das glândulas salivares que são glândulas anexas do tubo digestivo, existem também o fígado e o pâncreas. O fígado é uma glândula anexa que armazena nutrientes e produz a bílis. O fígado é um órgão que realiza centenas de reacções químicas e armazena substâncias químicas vitais, como as vitaminas e o glicogénio. Este órgão produz bílis, um liquido que dispensa, as gorduras. A bílis é armazenada na vesícula biliar e lançada no intestino delgado, através do canal biliar, quando necessária. O pâncreas é uma glândula anexa que produz hormonas e enzimas digestivas. O pâncreas está ligado ao duodeno e segrega o suco pancreático que contém enzimas digestivas. Este suco é alcalino e neutraliza o ácido produzido pelo estômago. O pâncreas produz também a insulina e o glucagon, hormonas que controlam o nível de açúcar no sangue.
O processo de digestão termina quando os nutrientes são absorvidos pelo sangue e os resíduos são expulsos do organismo do animal através do ânus.
Importante: As gorduras (lípidos) passam pela boca e pelo estômago sem serem digeridos e ao chegar no intestino sofrem a acção da bílis (não é enzima) produzida pelo fígado cuja função é emulsionar essas gorduras (transformando em gotículas) para que possam sofrer a acção da lipase.
Curiosidades:
A adaptação dos morcegos vampiros envolve os seus sistemas digestivos e urinários. O estômago de um vampiro é extremamente alongado, com uma superfície de absorção muito maior em relação à de outros tipos de morcegos. Isso leva a uma rápida absorção da porção líquida do sangue, o plasma, logo passado para os rins e depois para a bexiga urinária. Assim, cerca de dois minutos após iniciar a ‘refeição’, o morcego vampiro começa a urinar, evitando uma possível sobrecarga de seu sistema urinário. Em seu sistema digestivo permanece a parte nutritiva: as células sanguíneas. A digestão acontece com a ajuda de enterobactérias capazes de decompor as diferentes partes do sangue.
No Brasil, o nome vampiro aplica-se popularmente aos morcegos de grande porte, da família dos filostomídeos, ou mais especificamente aos morcegos hematófagos autênticos, da família dos desmodontídeos, que se diferenciam dos primeiros pelas modificações dentárias e pelo aparelho digestivo adaptado exclusivamente ao sangue como alimento.

Reprodução

Um morcego recém-nascido se agarra à pele da mãe e é transportado, embora logo se torne grande demais para isto. Seria difícil para um adulto carregar mais de uma cria, portanto normalmente nasce apenas uma. Os morcegos freqüentemente formam colônias-berçário, com muitas fêmeas dando à luz na mesma área, seja uma caverna, um oco de árvore ou uma cavidade numa construção. A gestação dura de dois (em algumas espécies de morcegos frugívoros) a sete meses (em morcegos hematófagos), variando conforme a espécie. Em algumas espécies duas glândulas mamárias estão situadas entre o peito e os ombros (axilares), mas também podem ser peitorais ou abdominais.
Embora a habilidade de voar seja congênita, imediatamente após o nascimento as asas ainda são pequenas demais para voar. Os jovens morcegos da ordem Microchiroptera se tornam independentes com a idade de seis a oito semanas, os da ordem Megachiroptera não antes dos quatro meses. Com a idade de dois anos os morcegos estão sexualmente maduros.
A maioria dos morcegos tem apenas um filhote por gestação e de uma a duas gestações por ano. Há exceções como os morcegos do gênero Lasiurus, que costumam ter quadrigêmeos, e alguns morcegos Myotis, que podem ter três ou quatro gestações por ano. A expectativa de vida do morcego vai de quatro a trinta anos, variando muito conforme a espécie. Morcegos que se alimentam de plantas costumam ter sua sazonalidade reprodutiva influenciada pela oferta dos frutos ou flores de que mais gostam, porém em alguns locais as variações no clima podem ser muito importantes.

Alimentação

Há muitos tipos de alimentação como, alimentação baseada em insetos, frutas, peixes e sangue.

Alimentação – Insetos
É a menor espécie de morcego encontrada na cidade. É chamado assim por freqüentemente se refugiar nos telhados das casas, onde podem formar grupos muito grandes. Possui cor parda avermelhada.


Alimentação – Frutas
É o morcego mais comum na cidade, onde se alimenta de frutas como o jamelão, amêndoa, manga e outras. Vive em grupos compostos por 1 único macho e várias fêmeas, geralmente em galhos de árvores. Possui coloração parda com 4 listras brancas na cabeça, acima e abaixo dos olhos.

Alimentação – Peixes
Vive próximos a lagos. Este é o único morcego que se alimenta de pequenos peixes, que captura com as garras. É um morcego relativamente grande e possui coloração amarela uniforme. Sua urina exala forte odor.

Alimentação – Sangue
Existe em áreas onde se cria gado ou aves, sendo muito raro nas cidades. Apresenta cor parda, sendo mais clara na barriga e garganta. Alimenta-se de sangue que lambe após morder a pele do animal. Vivem durante o dia em cavernas ou ocos de árvores em grupos muitas vezes numerosos.